terça-feira, 9 de outubro de 2012

De Ariana para Dionísio, de Hilst (e Zeca Baleiro) para Bethânia.

Em véspera de feriado, vamos pensar nas belas palavras e imagens de H.H., bem transpostas para a música de outra 'divindade' das artes, M.B.

"A minha Casa é guardiã do meu corpo
E protetora de todas minhas ardências.
E transmuta em palavra
Paixão e veemência
E minha boca se faz fonte de prata

Ainda que eu grite à Casa que só existo
Para sorver a água da tua boca.
A minha Casa, Dionísio, te lamenta
E manda que eu te pergunte assim de frente:
À uma mulher que canta ensolarada
E que é sonora, múltipla, argonauta
Por que recusas amor e permanência?"

Hilda Hilst, "Júbilo, Memória, Noviciado da Paixão" [1974]






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