terça-feira, 28 de julho de 2020

Morre Olivia De Havilland: nem sempre boazinha, mas sempre na luta!




Pois é...uma das últimas estrelas do cinema morreu no domingo passado (26) aos 104 anos de vida em Paris. Com sua tripla nacionalidade (britânica, norte-americana e francesa), tendo nascido no Japão (1916) e atuado em 61 produções (creditados em sua biografia entre filmes, séries e mini-séries para à TV), ganhou dois Oscars e ainda recebeu mais duas indicações. Olivia de Havilland, lembrada pela boazinha Melaine Hamilton Wilkes de ...E o Vento Levou (1939) era uma mulher à frente de seu tempo.

Google imagens.
Olivia foi a primeira mulher a entrar na justiça contra um grande estúdio de cinema, que mantinha suas atrizes "amarradas" em contratos eternos e com baixa remuneração. Ela ganhou! Mas, acabou sem atuar por três anos, uma punição infeliz que só afastou a atriz de excelentes trabalhos e de seus espectadores. Mais um vez ela deu a volta por cima!

Em 1965, foi a primeira mulher a presidir o júri do Festival de Cannes. A atriz também era conhecida pela sua luta em defesa dos direitos de atores e atrizes e foi considerada em 1999, uma das 500 lendas do cinema, pelo American Film Institute. Recebeu em 1960 uma estrela na Calçada da Fama em Hollywood, em 2008 recebeu de George W. Bush, então Presidente dos Estados Unidos da América, a Medalha Nacional das Artes, a Ordem Nacional da Legião de Honra veio no ano de 2010 pelas mãos do então Presidente da França, Nicolas Sarkozy e talvez sua maior honraria tenha sido recebida das mãos da Rainha Elizabeth II, quando foi condecorada com o título de Dama do Império Britânico, aos 101 anos de idade, no ano de 2017.

Olivia é conhecida pela sua parceria duradoura no cinema com Erroll Flynn, com quem fez oito filmes. Mas, seu filme mais lembrado é mesmo ....E o vento Levou, de 1939, onde representa uma mulher frágil e bondosa que tem como objetivo manter sua família unida em plena guerra civil norte-americana. Não há como não se afeiçoar à Melaine e ter raiva, em vários momentos, de Scarlett O'Hara.

"Eu diria que Melanie foi a pessoa que eu gostaria de ser... mas também a pessoa que eu nunca consegui ser" (O. H.)

Parceria com E. Flynn (fonte IMDB.com):


O Capitão Blood (1935);
A carga da brigada ligeira (1936);
As aventuras de Robin Hood (1938);
Amando sem saber (1938);
Dodge City (1939);
Meu reino por um amor ( 1939);
A estrada de Santa Fé (, 1940);
O intrépido general Custer (1941), o último filme da parceria Flynn/De Havilland.

A última honraria recebida foi em 2018, quando em 12 de maio recebeu mais um doutorado honoris causa, agora da Universidade de Mills, na Califórnia, onde começou os estudos largando para seguir, em 1934,  a carreira de atriz em Hollywood.

Google imagens





Olivia De Havilland era a única atriz ainda viva de Gone with the Wind, filme que lhe rendeu uma indicação ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante, perdido para a primeira atriz negra na história a receber à premiação.






Sua última aparição nas telas foi no telefilme, em 1988, O Maior Romance do Século ou A Mulher que ele AmouEm 2004, participou do documentário Melanie Remembers: Reflections by Olivia de Havilland que comemorava os 65 anos de ...E o Vento Levou. Ainda fez algumas aparições em festivais até 2011 e faleceu de causas naturais, dormindo em sua cama.

Uma grande atriz.

Namorinho de Sofá
(Carol Cavalcanti)