domingo, 8 de março de 2015

A doutora Honoris Causa do Folclore Brasileiro. Aplausos à defensora da moda de viola e da boa música brasileira.

   
                                            Marvada Pinga

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Você já ouviu falar de Ignez Magdalena Aranha de Lima? Você sabia que a mesma é doutora Honoris Causa em folclore e arte digital pela Universidade de Lisboa? Não! E Inezita Barroso? A cantora, musicista, atriz, apresentadora de rádio e TV que estudou piano, formou-se em Biblioteconomia pela Universidade de São Paulo (USP) e definitivamente tornou-se cantora no ano de 1953?

Composição de Paulo Vanzolini, interpretada por Inezita Barroso no programa Viola, Minha Viola, da TV Cultura, 21/jun/2013.

Não sei se é porque sou paulista, não da "gema", mas paulista que gosta de viola, de música caipira (e também sertaneja) que me entristeci ao saber de sua doença e estado grave (segue internada no Hospital Sírio-Libanês em Sampa). 

Inezita é uma das apresentadoras mais atuantes da tevê brasileira e está no palco de um dos programas mais relevantes da música brasileira, o Viola, Minha Viola da TV Cultura. São 35 anos de dedicação à moda de viola que lhe renderam prêmios como o Troféu Roquette Pinto e o Prêmio Saci, além de uma comenda, a Medalha Ipiranga e o título de Comendadora da Música de Raiz.

Inezita não é uma simples intérprete. Ela decifra a música, sente seu significado e conversa com seu público (cativo e religioso). É uma aula de sabedoria caipira em seu grande e lotado auditório nos estúdios da TV Cultura.

Durante os últimos anos, já frágil, apresenta com o mesmo amor e fervor seu programa sentada em uma cadeira. Inezita faz da música de raiz o seu ar, sua sobrevivência, sua luta contra a fragilidade do corpo.

Nesse Dia Internacional da Mulher, dia de luta, mas não de comemoração, desejamos força a sua família e a Inezita nesse momento delicado. Mãe da moda de viola, doutora, atriz e apresentadora, dona de uma grande obra e voz, saudamos a força de uma mulher que durante toda sua vida levou para o Brasil e para o mundo nosso folclore, nossa arte, nossa cultura, nossos melhores cantores, nossa brasilidade.

Tristeza do Jeca

Aos 90 anos, não podemos esquecer nunca desta artista e de sua obra, de sua importância, especialmente para a cidade de São Paulo.

Essa é nossa singela homenagem a você Inezita. 
Namorinho de Sofá