terça-feira, 17 de novembro de 2015

Uma pequena lição de bom senso, cidadania, vontade e amor

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Acho que muitas pessoas já ouviram falar do fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado, mineiro de Aimorés. Formado em Economia e pós-graduado na mesma área, somente começou a fotografar na década de 1970, quando iniciou também sua profissionalização.

Salgado é reconhecido mundialmente por suas fotografias fortes, marcantes e em preto e branco. Retrato nu e cru da realidade que fotografa.

O artista têm alguns livros em seu currículo, como o renomado Terra (1997) que apresenta em 109 fotos o cotidiano de trabalhadores sem terra, mendigos, crianças, ou seja, grupos à margem da sociedade.

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Muitos vão lembrar da forte imagem de Joceli Borges, "a menina do assentamento" que percorreu o mundo e foi exposta em várias galerias internacionais. O livro, em 1998, recebeu o Prêmio Jabuti de Literatura, na categoria reportagem.

Até o momento são 12 livros. Além de Terra, em sua biografia estão Trabalhadores (1996), Serra Pelada (1999), Outras Américas (1999), Retrato de Crianças no Êxodo (2000), Êxodos (2000), O Fim do Pólio (2003), Um Incerto Estado de Graça (2004), O Berço da Desigualdade (2005), África (2007), Gênesis (2013) e Perfume de Sonho (2015).



Somente observando os títulos de sua obra constatamos a importância das temáticas, das minorias, dos excluídos em seus trabalhos. E é partindo desta sensibilidade  que estamos hoje aqui, para falar da luta do fotógrafo e de sua mulher pelo reflorestamento de regiões degradadas do Brasil.

Recentemente ele veio a público falar da tragédia do rompimento de barragens de uma mineradora e a invasão do barro e de minérios no Rio Doce, em Mariana, Minas Gerais. O fotógrafo foi categórico ao afirmar que o rio pode ser salvo, que as florestas ao entorno podem ser salvas desde que o homem comece imediatamente a fazer sua parte.

Defensor da natureza, há 17 anos Salgado e sua mulher criaram o Instituto Terra. A organização não-governamental recupera áreas de mata degradadas pelo uso excessivo do recurso, seja pela criação de gado ou plantio. Percebendo a importância do reflorestamento para o futuro da região foi que começaram a idealizar e posteriormente concretizar seus sonhos. Salgado começou a realizar seu projeto nas próprias terras da família.

Convidamos você a conhecer mais essa ideia assistindo à reportagem do Globo Rural de 2011.


A nossa dica a você é conhecer mais este outro lado do artista. Respeito e compreensão à natureza, é o lema de Sebastião Salgado. Para nós, boas ações são sempre ótimos lemas para serem comentados por Namorinho de Sofá.

Espero que gostem da dica.
Namorinho de Sofá

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Os encantos de Areia (PB): clima agradável, cultura e cachaça.

Se você está passeando pela Paraíba em um desses feriadões e quer deixar de lado um pouco a praia e o Sol quente vale uma visitinha a Areia, cidade no Brejo Paraibano a 130 quilômetros da capital do Estado, João Pessoa.

Por lá você pode visitar o Museu de Pedro Américo, que fica na casa onde nasceu o pintor internacionalmente famoso, que como obras reconhecidas podemos citar algumas: o painel Independência ou Morte! (1888, 4,15X7,6 metros) que pode ser visitada no Museu Paulista (na cidade de São Paulo) e, Tiradentes Esquartejado (1893, que está no Museu Mariano Procópio em Juiz de Fora/MG).

Também pode-se visitar o Museu da Rapadura que fica dentro do campus da Universidade Federal da Paraíba, o Museu Regional de Areia, o Teatro Minerva e caminhar pelas ruas de calçamento da cidade. O comércio turístico ainda é fraco, tendo apenas um local de venda de artesanato popular que fecha na hora do almoço aos finais de semana e feriado e não reabre mais. Uma curiosidade negativa.

Fotos: Carol Cavalcanti
Fotos: Carol Cavalcanti











A cidade durante o ano participa de programação cultural intensa, que fez com que no ano de 2009 a mesma fosse indicada como Capital da Cultura.

Em julho participa do Caminhos do Frio Rota Cultural com muita música e teatro, em setembro tem o Festival de Artes de Areia e o Festival Brasileiro de Cachaça e Rapadura, conhecido como Bregareia.
Fotos Carol Cavalcanti

Além dessa programação anual você ainda pode se aventurar e visitar um dos 117 engenhos. Um deles é o Engenho Triunfo que recebe diariamente visitantes com sorvete de maracujá. limão e abacaxi com uma pitadinha de cachaça. A recepção é harmônica e as flores de todos os tipos são uma visão agradável para os acostumados ao cinza das grandes cidades. Dentro do local você ainda pode fazer umas compras e levar a bons preços lembranças do engenho.
Site do Engenho Triunfo: http://cachacatriunfo.com.br/


Fotos Carol Cavalcanti

Para almoçar a dica é o Restaurante Rural Vó Maria (desde 2013), na comunidade Chã de Jardim, um local sustentável em meio à Mata Atlântica que valoriza o simples e a comida regional de alta qualidade (picado de bode, bode, galinha ao molho, carne de sol, arroz de leite, sucos e doces naturais). Não podemos deixar de ressaltar o artesanato e o ótimo atendimento das pessoas que ali estão para atender os visitantes. Não deixem de acessar o vídeo sobre o empreendimento cultural Vó Maria.




Fica nossa dica. Caso não tenha passeio para o feriado de hoje, Areia é a pedida!
Namorinho de Sofá

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

A atualidade de 'Guerra e Paz' de Cândido Portinari

 

Recentemente os painéis Guerra e Paz do pintor brasileiro Candido Portinari (1903-1962) foram reinstalados no prédio da Organização das Nações Unidas (ONU) após restauração. Em 2010 a obra havia deixado a ONU (que ia passar por reforma) para restauração e posterior visitação no Brasil nas principais capitais do país. 40 mil pessoas visitaram o mural e cerca de mais 7 mil sua restauração, que foi aberta ao público para visitação no Salão de Exposições do Palácio Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro. Em 2012, por 90 dias a obra ficou exposta no Memorial da América Latina (São Paulo) e recebeu um público de 200 mil pessoas sendo considerada a Melhor Exposição de 2012 pela Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA), vencendo também o Prêmio ABERJE no mesmo ano. Em 2013 esteve em Belo Horizonte (MG). Sua exposição internacional passou por Paris, atraindo 35 mil pessoas

Retirada do Google
Retirada do Google


FAZENDO CONTAS: 40.000 + 7.000 + 200.000 + 35.000 = 282.000 pessoas.

Pela obra, Portinari, nascido em Brodowski (SP), pintor de O Lavrador de Café (óleo sobre tela de 1939) e A Primeira Missa no Brasil (1948) recebeu o Prêmio da Solomon Guggenheim Foundation em 1956.

Os dois painéis de 14x10 metros foram pintados entre os anos de 1952 e 1956 (4 anos de estudos que renderam cerca de 180 desenhos e 4 meses para a confecção dos painéis) a pedido do presidente Juscelino Kubitschek para posterior doação à ONU. 

Podemos dizer que "o sucesso" foi tremendamente marcante que o mesmo foi instalado no hall de entrada da Assembleia Geral, em 1957. Este espaço é o mais importante da organização e só os chefes de estado e seus representantes tem o prazer de apreciar a obra, considerada a mais importante exposta na ONU. Inclusive, o filho do artista João Candido Portinari sonha em ver a obra disponível ao público.

Ao determos nosso olhar para a obra de Portinari, a mesma nos remete aos dias atuais e, por que não dizer,
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a essa crise instalada no Oriente Médio e que gera diariamente um processo migratório sem precedentes na Europa, só podendo ser comparado ao que ocorreu durante e após a 2ª Guerra Mundial.

Tão atual quanto Guerra e Paz é a inoperância dos governantes mais ricos do mundo que não sabem como lidar com essa situação que bate a suas portas.

Matéria curta, mas para não esquecermos do valor de uma única vida humana. Para não naturalizarmos os sacrifícios, as dores, as perdas e mortes, a fome, a miséria e a violência dos mais fortes contra os mais fracos. Precisamos deixar de acreditar que precisamos de guerras e de pobreza para sobrevivermos.

Namorinho de Sofá


Sites interessantes: SAIBA MAIS! 

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Maria do Carmo Miranda da Cunha: a que nasceu portuguesa, tornou-se brasileira e morreu americana.

Pode ligar qualquer programa de televisão na data de hoje que só se fala que Carmen Miranda (a Pequena Notável) morreu  há 60 anos, muito jovem, aos 42 anos de idade de ataque cardíaco na cidade de Beverly Hills, Califórnia, EUA. Toda reportagem que lembra sua morte ou o dia de seu nascimento em 9 de fevereiro de 1909 trata sempre do mesmo assunto: Carmen Miranda é brasileira? É portuguesa? É americana? Os brasileiros a amam ou a odeiam depois que a mesma se mudou de "mala e cuia" para os Estados Unidos para fazer fama, sucesso e dinheiro?

Vamos mudar o tom, vamos lembrar suas obras e não esquecer que foi com ela que o Brasil e suas belezas, especialmente as do Rio de Janeiro, ficaram conhecidas. Não podemos negar que apesar de caricata, com suas frutas na cabeça, Carmen Miranda foi mais brasileira que muito brasileiro se diz ser nos dias de hoje.
A primeira lembrança, de pequeninha que tenho é de vê-la pela primeira vez atuando com Zé Carioca (Joe Carioca) e Pato Donald (Donald Duck) no filme "Saludos, amigos" de 1942.


Como atriz atuou em 20 filmes entre os anos de 1930 e 1953; na maioria musicais onde dividiu cena com ícones como Jerry Lewys, Dean Martin, Jane Powell, Elizabeth Taylor, Don Ameche, Oscarito, Ary Barroso e a irmã Aurora Miranda. É reconhecida pelo American Film Institute como uma das 500 lendas do cinema e seu primeiro filme por lá, Serenata Tropical (1940) foi um sucesso de bilheteria no ano. Em 1952 foi a mulher mais imitada pelas americanas. Cinco anos após sua morte, em 1960, em mais um reconhecimento do público americano que a adorava, sua estrela na Calçada da Fama foi imortalizada.


Também entre os anos de 1949 e 1955 fez participações especiais em séries americanas, ficou em cartaz de 1939 a 1940 com o musical The Streets of Paris e na sequência, de 1941 a 1943, com o musical Sons o' Fun. Como cantora são cerca de 50 interpretações reconhecidíssimas apenas na sua voz, como No Tabuleiro da Baiana (1936) e Na Baixa do Sapateiro (1938), composta por Ary Barroso.

Muitas foram as homenagens a atriz, cantora e bailarina. Já foi enredo de escola de samba no Rio de Janeiro em 1972, o diretor Miguel Falabella já a homenageou em um musical (South American Way, 2001), em 2005 o escritor Ruy Castro lançou sua biografia (considerada uma das mais completas), tornou-se Patrimônio da Cultura Brasileira em 2009 e tem um museu dedicado a sua vida e obra no Parque do Flamengo no Rio de Janeiro desde 1976, além de documentário dirigido por Helena Solberg no ano de 1995.

Bom, fica a dica para nossos leitores buscarem as obras da artista Carmen Miranda disponíveis na internet, nas locadoras e nas livrarias. Assunto para uma boa conversa não faltará.



Chica chica boom pessoal.
Namorinho de Sofá

Sites relacionados: 


* todos os vídeos foram retirados do Youtube. 

domingo, 14 de junho de 2015

Quem é esse tal de Pélico?

Foto retirada do site do cantor
Você já ouviu falar desse rapaz da foto? Não?! Eu também não sabia de quem se tratava até ser solicitada que ouvisse suas músicas. E confesso, gostei das baladinhas do cantor que já é o xodó de cantores como Tom Zé. 

Bom, o nome dele é Pélico, cantor de bares na cidade de São Paulo que com muito trabalho já gravou 3 CDs (todos disponíveis no youtube para baixar ou para venda no site do cantor) e desponta no cenário local (Sampa) almejando novos palcos. Por enquanto, ainda é um cantor independente.


 

O que se percebe ouvindo as músicas do cantor é que, realmente, como ele próprio diz, suas influências são diversas. No site do cantor, em sua biografia, as influência vão de Cartola, Cássia Eller, Luiz Gonzaga, Caetano Veloso e de tantos outros, de estilos tão díspares, que só poderia se enquadrar em MPB mesmo. 

Numa análise preliminar, de ouvidos não tão preciosos, mas atentos, o estilo de Pélico lembra muito outros cantores da sua geração, com Thiago Phetit, Tulipa Ruiz, Marcelo Jeneci, Filipe Catto (que já gravou música de sua autoria) e Bárbara Eugênia (do clipe acima). Por outro lado, as letras das músicas são mais pretensiosas, mais profundas, mais significativas. O uso de instrumentos metálicos também pode ser encontrado em sua obra de forma marcante, diferencial dos demais artistas citados acima (assim como a profundidade de algumas composições). Destaque para os arranjos de suas músicas.

Os CDs do cantor são O Último dia de um homem sem juízo (2008), Que isso fique entre nós (2011, destaque da Revista Rolling Stones) e Euforia (2015). Vale a pena, despretensiosamente, conhecer a obra do rapaz. No youtube você encontra clipes e parcerias do cantor com outros nomes da música popular brasileira.

Site do Pélico - http://www.pelico.com.br/

Fica a dica,
Namorinho de Sofá

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Maio: 100 anos do nascimento do cineasta Orson Welles

Se estivesse vivo o diretor do filme Cidadão Kane, Orson Welles, estaria completando 100 anos de idade em maio. Sua obra é fascinante, sua direção precisa e seus ângulos inovadores. Também ator e radialista, sua primeira aparição de destaque, que mobilizou os EUA, foi uma brincadeira realizada no Dia de Halloween onde através de supostos boletins de notícia narrou a invasão de extraterrestres ao país (leitura de trechos do livro A Guerra dos Mundos de H.G. Wells). Esse fato se deu em 1938.

Google. Pedido de desculpas oficial  após o fato que gerou pânico
nos americanos, a invasão do país por extraterrestres. 
Podemos concordar que o diretor, no mínimo excêntrico (nunca deixou de praticar outra profissão, a de mágico), não teve muito sucesso durante toda sua carreira. Esteve pelo Brasil na década de 1940 para filmar o país, o samba, o povo; mas, teve que lidar com a insatisfação e o preconceito da equipe de produção (com os negros da cidade).



Em 1941, Welles roteirizou, dirigiu e atuou seu filme mais famoso, Cidadão Kane (ganhou o Oscar de Roteiro Original e concorreu em mais 8 categorias). O filme não fez sucesso de bilheteria, mas ficou para sempre na história do cinema mundial. Até hoje figura em listas especializadas sobre cinema como um dos melhores filmes já realizados até então (está no topo da minha lista de prediletos).

A Marca da Maldade, também fracasso de bilheteria foi lançado em 1958. Welles manteve a risca: roteirizou, dirigiu e atuou. Teria sido esse o problema com suas grandes obras, sua maciça participação? 

Welles casou-se duas vezes, teve duas filhas e deixou uma obra com cerca de 40 longa metragens e curtas. Como roteirista foram cerca de 50 trabalhos, fora sua participação na produção radiofônica da época. Como ator foram cerca de 100 trabalhos, dentre estes, como dublador de desenhos animados. Orson morreu no ano de 1985 de ataque cardíaco. Seu nome pode ser encontrado na Calçada da Fama na categoria Indústria de Radiodifusão (Hollywood Walk of Fame)em Hollywood, Califórnia. 
Google.

PROGRAMAÇÃO

Até o dia 29 de junho ocorre a Mostra O Cinema de O.Welles, em Curitiba, no SESC Água Verde. Gratuita.


Até o dia 31/5/2015 duas bibliotecas públicas estarão exibindo gratuitamente 17 obras do artista em São Paulo.

Acesse AQUI a Programação

Lista da Revista "The Hollywood Reporter" (2014)

1 - O Poderoso Chefão (1972)
2 - O Mágico de Oz (1939)
3 - Cidadão Kane (1941) - antes figurava em 1º lugar
4 - Um Sonho de Liberdade (1994)
5 - Pulp Fiction (1994)
6 - Casablanca (1942)
7 - O PoderososChefão 2 (1974)
8 - E.T. (1982)
9 - 2001: Uma Odisseia no Espaço (1968)
10 - A Lista de Schindler (1993)

CLIQUE e confira a filmografia de O. Welles

Fica a dica!
Namorinho de Sofá

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Romero Britto: os traços que conquistaram o mundo

Dilma Rousseff. Google.
R. Britto. Google
Você pode não gostar do tipo de arte do artista Romero Britto, mas tem que reconhecer que as mesmas ganharam o mundo. Eu mesma esse final de semana comprei uma reprodução da sua Mona Cat ou Mona Gata, se preferirem,  na Praia de Pipa (RN), mas que também podem - as reproduções - serem encontradas na orla de João Pessoa (PB), Recife (PE), centro de São Paulo e outros comércios populares ou com vendedores ambulantes nas grandes cidades do Brasil.

O artista pernambucano radicado nos Estados Unidos é uma febre entre famosos (família real britânica, Madonna, Dilma Rouseff, Felipe Massa, entre outros) e menos populares (como nós de Namorinho de Sofá). 

Viki (1964) de R. Lichtenstei. Google.
Conhecida como "arte da cura" (?), a intenção do artista é apenas trazer a felicidade para seus admiradores, para os que gostam de suas pinturas. Já os críticos de arte pegam no seu pé e qualificam sua obra como algo pequeno e que repete o estilo artístico da pop art (de forma mais pobre) somando a esta uma visão gráfica das histórias em quadrinhos. A pop art tem entre seus maiores nomes Andy Warhol, Roy Lichtenstein e Robert Rauschenberg.

Lennon de A. Warhol. Google.
Podemos encontrar reproduções pelo mundo afora, mas também encontrarmos sua obra para entrega ou impressão (em diversos tamanhos) na internet. Os preços são salgados para os padrões brasileiros, mas para quem pode, não é difícil comprar/encomendar uma obra de Britto. Inclusive esculturas suas podem ser visitadas em países como Alemanha, por exemplo. Ou ainda, para os emergentes, um pulinho em Miami para compra de roupas e visitar sua galeria. Mas, se o dólar estiver muito caro (duvido!) um pulinho na Oscar Freire (nº 562, Jardins - São Paulo) também vale! 

O artista pernambucano também é serígrafo e escultor, além de pintor. E independente do mérito de sua arte (em termos estilísticos), vale a consideração a um brasileiro que ganhou o mundo com suas cores vibrantes, traços marcantes, alegria e luminosidade. E, no mais, a originalidade das suas peças são desconcertantes. Pintar a Monalisa em forma de gato, quem diria?! Entre outras (além das personalidades que gostam de ser retratadas pelo artista) encontramos no seu hall de pinturas Mickey Mouse, Darth Vader, Jesus, Abaporu (de Tarsila do Amaral) entre outros. Além do que ele R. Britto adora pintar gatos (que nós amamos) e outros animais.

Fica a dica!
Namorinho de Sofá.

Mona Cat - Google.
Site do artista: http://britto.com/portuguese/
Compras: http://www.galleryofart.us/Romero_Britto/
Endereço da Loja em Miami - Lincoln Road com a Oen Drive (16th e 17th Streets em South Beach)

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Frida Kahlo e sua Árvore da Esperança

O nome dela é Magdalena Carmen Frida Kahlo (1907-1954), artista mexicana que até os dias de hoje causa comoção com sua obra. Obra essa de difícil absorção para alguns, inclusive em termos estilísticos, mas que atrai pela sensibilidade, pelo que está por trás das criações: a dor.

Aos 18 anos Frida Khalo - Fridita para seu marido, o também pintor Diego Rivera - sofreu um acidente automobilístico que lhe tirou o poder sobre seu corpo, lhe dando de presente a vida, o dom da pintura e as dores intermináveis. Foram três vértebras fraturadas, o esmagamento da tíbia e fíbula esquerdas, além de mais três fraturas na bacia. Após o acidente Frida se transformou pela dor. Não perdeu a alegria de viver, que podemos vislumbrar nas cores fortes dos seus quadros (e também em sua casa, em Coyoacán na cidade do México), mas só soube retratar o sofrimento físico e mental que sentia.


Árvore da Esperança (1946). Fonte: Google.

A breve matéria surge de uma lembrança, de un regalo enviado por uma amiga na data de hoje. O óleo sobre tela medindo 56 x 40,6 cm intitulado Árvore da Esperança - Mantém-te Firme está exposto em uma galeria de arte em Nova York. 

A obra em destaque foi realizada após uma cirurgia na coluna e sua composição apresenta um lado escuro, da noite, do sofrimento onde Frida segura o colete que usou durante toda a vida e que pode ser visto em sua casa, hoje museu; e o Sol brilhando, para um novo dia; a esperança de uma nova vida (no total foram 31 cirurgias).

São várias as histórias sobre à "Árvore da Vida" que também pode ser reconhecida como "Árvore de Jessé", "Árvore do Conhecimento", "Árvore do Bem e do Mal". Frida Kahlo na esperança de uma vida normal e sem sofrimento, concebeu (como um filho que nunca poderia ter) a sua Árvore da Esperança.

Para começar a semana deixo aqui essa dica para conhecerem melhor essa bela e simbólica artista mexicana.

Fica a dica!
Namorinho de Sofá

Frases de F.K.

"Eu pinto-me porque estou muitas vezes sozinha e porque sou o assunto que conheço melhor".

"Espero alegremente a saída - e espero nunca mais voltar".


domingo, 8 de março de 2015

A doutora Honoris Causa do Folclore Brasileiro. Aplausos à defensora da moda de viola e da boa música brasileira.

   
                                            Marvada Pinga

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Você já ouviu falar de Ignez Magdalena Aranha de Lima? Você sabia que a mesma é doutora Honoris Causa em folclore e arte digital pela Universidade de Lisboa? Não! E Inezita Barroso? A cantora, musicista, atriz, apresentadora de rádio e TV que estudou piano, formou-se em Biblioteconomia pela Universidade de São Paulo (USP) e definitivamente tornou-se cantora no ano de 1953?

Composição de Paulo Vanzolini, interpretada por Inezita Barroso no programa Viola, Minha Viola, da TV Cultura, 21/jun/2013.

Não sei se é porque sou paulista, não da "gema", mas paulista que gosta de viola, de música caipira (e também sertaneja) que me entristeci ao saber de sua doença e estado grave (segue internada no Hospital Sírio-Libanês em Sampa). 

Inezita é uma das apresentadoras mais atuantes da tevê brasileira e está no palco de um dos programas mais relevantes da música brasileira, o Viola, Minha Viola da TV Cultura. São 35 anos de dedicação à moda de viola que lhe renderam prêmios como o Troféu Roquette Pinto e o Prêmio Saci, além de uma comenda, a Medalha Ipiranga e o título de Comendadora da Música de Raiz.

Inezita não é uma simples intérprete. Ela decifra a música, sente seu significado e conversa com seu público (cativo e religioso). É uma aula de sabedoria caipira em seu grande e lotado auditório nos estúdios da TV Cultura.

Durante os últimos anos, já frágil, apresenta com o mesmo amor e fervor seu programa sentada em uma cadeira. Inezita faz da música de raiz o seu ar, sua sobrevivência, sua luta contra a fragilidade do corpo.

Nesse Dia Internacional da Mulher, dia de luta, mas não de comemoração, desejamos força a sua família e a Inezita nesse momento delicado. Mãe da moda de viola, doutora, atriz e apresentadora, dona de uma grande obra e voz, saudamos a força de uma mulher que durante toda sua vida levou para o Brasil e para o mundo nosso folclore, nossa arte, nossa cultura, nossos melhores cantores, nossa brasilidade.

Tristeza do Jeca

Aos 90 anos, não podemos esquecer nunca desta artista e de sua obra, de sua importância, especialmente para a cidade de São Paulo.

Essa é nossa singela homenagem a você Inezita. 
Namorinho de Sofá

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Ilú Obá de Min: cultura africana, música e dança. A força das mulheres.

 “Eu vi mulheres no cativeiro/Lavando as escadas do Bonfim/Eu vi os tambores do rei/Eu vi Ilú Obá De Min/Essas mulheres do cativeiro/Cansadas dos maus tratos do senhor/Tiraram seus tambores da senzala/Levaram para avenida/E cantaram pra Xangô”.
Foto: Namorinho de Sofá
Intervenção urbana e cultural na cidade de São Paulo é o que pretende ser o Bloco Ilú Obá De Min, que preserva as tradições religiosas africanas desde 2004. 
Um grupo de mulheres, muitas de negra alma, com seus tambores e danças, atraem a atenção de paulistanos e turistas por onde passam (e cantam). São cerca hoje de 150 mulheres que colocam em pauta o empoderamento das mulheres, a homofobia, o racismo, o sexismo, a causa negra.


 
 Nega Duda, homenageada do coletivo.

Siginificado de Ilú Obá De mim = "mãos femininas que tocam os tambores para o rei Xangô".

O bloco a cada ano homenageia uma mulher que represente suas causas. As visitas são bem vindas e as atividades são intensas. Se estiver por São Paulo consulte a programação junto ao Ilú.

Endereço: Alameda Eduardo Prado, 342 – Centro – São Paulo
Telefone: (11) 3222-5566
Email: iluobademin@yahoo.com.br 

Fontes: 

http://espacohumus.com/ilu-oba-de-min-serie-feminismo/
http://www.afreaka.com.br/notas/ilu-oba-de-min-maos-femininas-que-tocam-tambores/
http://www.mst.org.br/2015/02/09/mulheres-do-ilu-oba-de-min-se-preparam-para-tocar-os-tambores-no-carnaval-de-sao-paulo.html
http://www.afropress.com/galeria.asp?id=16165
Facebook Iló Obá De Min

sábado, 31 de janeiro de 2015

Viajar faz bem a alma: cultura e os encantos da cidade do México (Parte 1)

Palácio de Belas Artes, México, DF.
Abrindo os trabalhos de 2015! Estamos de volta com tanta novidade que fica difícil saber por qual começar. Resolvemos então afirmar categoricamente que viajar é a melhor coisa do mundo! Conhecer novas cidades, países, pessoas, culturas....é enriquecedor. Nossos primeiros posts serão sobre nossas férias. Será um convite para que todos visitem os locais que visitamos, que compartilhem da cultura e do conhecimento que nós adquirimos. Enfim, queremos dividir a nossa felicidade com vocês. E ela, a felicidade, começou com a cidade do México, DF.

Vá com tempo, 10 dias no mínimo para conseguir visitar com calma as principais atrações da cidade; que por si só é um museu a céu aberto, cheia de parques, praças e jardins. A primeira dica, junte dinheiro, porque os preços são muito bons e dá vontade de levar tudo! A segunda dica, os mexicanos são muito educados e "buenos dias; buenas noches" se ouve e se retribui todo tempo. 

Arquitetura moderna em contraste.

Para saber o que fazer nos 9 dias restantes a sua chegada, faça o passeio de Turibus pelos circuitos disponíveis. Dentro de um único dia de passeio você consegue trocar de circuito várias vezes com o mesmo passe. Ao final do dia é só sair para tomar uma boa tequila 'reposada' com seus colegas de viagem e decidir o que fazer com mais calma no dia seguinte: Museu Frida Kahlo? Museu Nacional de Antropologia? Compras no charmoso distrito de Coyacán? Igrejas, museus, caminhadas ou andar de bicicleta? Se divertir na noite da Zona Rosa? Opção é o que não vai faltar para quem estiver disposto a se maravilhar pela cidade do México (perceberam nosso apaixonamento, né!).

Bairro do Zócalo. Cultura por todo lado e limpeza também.

Jardins sempre bem cuidados.



Vale salientar também que a cidade do México tem uma arquitetura contemporânea muito interessante e peculiar. O mais importante é que em nenhum momento a mesma interfere nos monumentos da cidade ou mesmo destoa do ar de cultura milenar que inebria os visitantes.

Bom, começamos de leve e no próximo post ainda essa semana vamos dar uma passeada por alguns museus da cidade da maravilhosa cidade do México.

Buenas tardes!!
Namorinho de Sofá