sexta-feira, 8 de março de 2013

Não temos tanto assim a comemorar

Dia Internacional da Mulher. 

Todo dia é Dia da Mulher. 

Século XIX,  dia 8 de março, mulheres operárias na cidade de Nova Iorque reivindicaram em uma greve (o que até hoje toda trabalhadora e trabalhador tem direito) melhores condições, dignidade no ambiente de trabalho tal qual os homens recebiam, redução de carga horária e equiparação salarial. 
Aqui lembramos à máxima caetaneana “proibido proibir”. Era para ser apenas uma manifestação, elas queriam igualdade. 
Dessa manifestação 130 tecelãs foram trancafiadas dentro da fábrica e morreram asfixiadas e carbonizadas. 
Século XX, 1910, Dinamarca, numa conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) o dia 8 de março é oficializado como o “Dia Internacional da Mulher” em homenagem ao fato acontecido com as trabalhadoras da fábrica de tecelagem. Porém, o mesmo só foi instituído em 1975.

Não romantizamos a data, ao contrário, durante todo o século XX até os dias atuais não há de se pensar apenas num dia comemorativo, mas suscitar debates em torno do papel histórico, social, político, econômico e cultural da mulher. 
Poderíamos elencar inúmeras mulheres que tiveram e tem visibilidade mundial, nacional, regional e local, mas nossa homenagem não tem nomes, nem anônimas. Nossa homenagem é para todas as MULHERES.

Namorinho Sofá 

Mulher

Mariene de Castro

Eu sou o vento que nas nuvens
vasculha o céu e faz trovoar
Eu sou o vento ora tão forte, ora enfraquece
Meu corpo não tem forma alguma
Não posso ver, não posso falar
Só sei que empurro algumas coisas...
E essas coisas...
Ah! Se eu pudesse ver
O céu, o seu corpo e o mar
O meu sentimento é maior
Que o seu que é sorrir e chorar
Mulher carrega o mar na barriga
Mulher carrega o oceano também
Mulher,
eu sou. 

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