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sexta-feira, 29 de abril de 2016

To be or not to be, that is the question

Você com certeza já ouviu a frase ser ou não ser, eis a questão. Não?! Pois é sobre o autor da mesma e de peças teatrais de quem iremos falar hoje. Brevemente, porque o rapaz completaria 400 anos de vida se estivesse vivo e para saber profundamente sobre ele e sua obra tem que pesquisar a fundo, tem que gostar da época em que ele viveu e das coisas que escreveu. Vamos começar com uma curiosidade, ele nasceu e morreu no mesmo dia: 23 de abril. Sim? Já sacaram? Estamos falando do poeta, ator e dramaturgo inglês William Shakespeare.

Shakespeare hoje, talvez, seja mais conhecido devido ao advento da televisão e do cinema e a massificação dos meios de comunicação e das imagens. Esses veículos deram e dão a possibilidade de inúmeras interpretações de suas peças, sonetos e poemas, de tempos em tempos.

Das mais famosas podemos destacar A Megera Domada, O Mercador de Veneza, Sonho de uma Noite de Verão. Das tragédias os destaques são Macbeth e Romeu e Julieta, dente outros. Dos dramas históricos apresentam-se Ricardo II e Ricardo III, além das "séries" Henrique (IV, V, VI...).



E, o que teria para nos dizer hoje esse inglês famoso? De suas obras, quais nos fariam refletir em termos de política e negociatas? Resolvi ir atrás de algumas frases célebres e destacá-las por sua atualidade:

1) "Você faz suas escolhas e suas escolhas fazem você".
2) "Descobre que leva-se anos para construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida".
3) "Quando os vilões ricos precisam dos vilões pobres, estes po­dem impor o preço que quiserem".
4) " As pequenas mentiras fazem o grande mentiroso".

Vejamos a obra A Tempesta, de Shakespeare que conta a seguinte história:

"A tempestade mostra o governo instaurado por Próspero, em uma ilha, após ter sido destronado do Ducado de Milão por seu irmão Antônio, pactuado com o rei de Nápoles. Em seguida à usurpação, ele é colocado, com sua filha Miranda, num barco (com alguns livros e mantimentos, graças à nobreza de Gonçalo) que, à deriva, os conduz até a ilha. Mais tarde, já de plena posse de novos poderes, a generosa fortuna permite que Próspero se vingue dos usurpadores, quando eles estão navegando nas costas da ilha. Próspero arma uma tempestade e com a ajuda de Ariel, o espírito servidor, manipula os destinos dos náufragos, que conseguiram chegar às praias da ilha, também habitada por outros espíritos e por Caliban, escravo peçonhento" (CHAIA, 1995, p.169)

Destacam-se as seguintes falas do texto (CHAIA, 1995, p. 171 apud SHAKESPEARE, 1991: ato I, cena II):

"Próspero:... O que queres pedir?
Ariel: A minha liberdade.
Próspero: Antes do prazo? Nem pensar.
(...)
Próspero (a Ariel): Serás tão livre quanto o vento das montanhas. Mas deves seguir rigorosamente as minhas ordens
(...)
Caliban (a Próspero) ... Esta ilha é minha, porque foi de Sycorax, minha mãe. E tu a tomaste de mim ... Porque eu, que sou teu único súdito, era antes meu próprio rei. E aqui me aprisionaste neste rochedo, enquanto te apossas do resto da ilha".



Aproveitando a deixa do aniversariante da semana para uma breve reflexão sobre a atualidade das ações do nosso Congresso Nacional. Bom. É por ai. Assim seguimos, na vida e na política, atuais como Shakespeare. A vida imita a arte...e vice-versa.

Jaguar.


Referência

CHAIA, M. A natureza da política em Shakespeare e Maquiavel. Estud. av.,  São Paulo ,  v. 9, n. 23, p. 165-182,  Apr.  1995 .   Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40141995000100011&lng=en&nrm=iso>. Acesso em  28  Apr.  2016. 

SHAKESPEARE, W. A tempestade. Rio de Janeiro, Relume Dumará, 1991.