Álbum de Família: só muda(m) de endereço, mas os conflitos são os mesmos

O ano de 2013 acaba hoje e normalmente as pessoas gostam de refletir sobre as conquistas e reclamar  das promessas não realizadas. É natural do ser humano tentar se reinventar nessas datas festivas. Assim como é comum nos finais de anos serem lançados filmes com a temática natalina ou de encontros familiares, além de uma série de filmes infanto-juvenis para as férias escolares.

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No dia 27 de dezembro foi lançado o filme Álbum de Família (August: Osage County) e fomos ontem conferir mais uma belíssima atuação de Meryl Streep, matriarca viciada em remédios e com câncer na boca (1ª simbologia) que têm três filhas (Julia Roberts, Juliette Lewis e Julianne Nicholson - 3ª simbologia - histerectomia) e um marido-escritor alcoólatra.

A história se dá quando todos da família precisam se encontrar após a morte do patriarca, Beverly Weston (Sam Shepard), no fim do mundo de Osage County. Num calor infernal revivem questões mal resolvidas durante os anos e que ficaram enclausuradas na escuridão de um casa sem vida, sem luz (2ª simbologia). Muita coisa vai acontecer com esse reencontro inesperado e a chegada da enfermeira Johnna, uma indígena americana contratada por Bev antes de sua morte (personagem importantíssimo e carregado de uma série de simbologias).

O filme muitas vezes é monótono e cansativo. Não podemos negar. Esse é um filme com um roteiro comum (família em crise, questões sexuais mal resolvidas, drogas, traição etc etc etc), mas contado de forma 'profissional'. Seu sucesso se dá muito por esse roteiro bem escrito por Tracy Letts e pela direção de John Wells (diretor de séries de TV nos EUA), mas com certeza e especialmente pela escolha e sintonia do elenco, que também conta com Chris Cooper, Ewan McGregor, Dermot Mulroney, Margot Martindale e Abigail Breslin. Streep já está indicada para o Globo de Ouro 2014, bem como, Julia Roberts. Podemos esperar com certeza e merecidamente sua presença também no Oscar.

Fica nossa dica de final de ano e feliz 2014.

Namorinho de Sofá.

Brevíssima retrospectiva de 2013

A retrospectiva não será exatamente de nossa atuação como divulgadoras culturais, porque deixamos a dever um pouquinho com a correria do nosso dia a dia. Mas, tentaremos fazer uma retrospectiva do que de bom aconteceu para a cultura local e nacional.

Em Campina Grande:

1) A incomparável peça de teatro da Cia. Munguzá (SP), intitulada Luis Antônio - Gabriela do diretor Nelson Baskerville foi apresentada com enorme sucesso em 10 de agosto. Quem perdeu, não se emocionou como tal.

2) O Festival de Inverno de Campina Grande contou com a participação de cerca de 500 artista, dentre eles, Lenine, Antônio Barros, Carlinhos de Jesus, Cabruêra, o Grupo de Teatro Galpão dentre outros.

3) O monólogo Também queria te dizer - cartas masculinas com o ator Emilio Orciollo foi encenada em março no Teatro Municipal Severino Cabral.

4) Na música passaram recentemente pela cidade Roberto Carlos e Ana Carolina, além do cantor Jorge Vercillo. No Projeto 7 Notas foram muitas as atrações, como Tributo a Nara Leão apresentado pela cantora campinense Adília Uchôa, o grupo de chorinho Sexteto Ensaio.com, além de Toninho Borbo.

www.grandecampina.com.br 

No Brasil:

1) Indicados ao Prêmio Shell de Teatro (2013): entre os destaques com maior número de indicações estão as peças "Conselho de Classe", de Jô Bilac e direção de Bel Garcia e Susana Ribeiro, e "Elis, A Musical", de Nelson Motta e Patrícia Andrade com direção de Dennis Carvalho, disputando cada um três categorias. O espetáculo de Jô Bilac é finalista nas categorias de autor, direção e cenário. A peça sobre Elis Regina disputa o prêmio de melhor atriz, melhor figurino e melhor música.
2) Festival de Gramado de 2013: O 41º Festival de Cinema de Gramado conheceu seus vencedores do cinema latino e brasileiro. “Tatuagem”, de Hilton Lacerda foi o grande vencedor do Festival com os Kikitos de melhor filme, melhor ator para Irandhir Santos e melhor trilha musical para o Dj Dolores. Na mostra estrangeira, Cazando Luciérnagas, produção colombiana, arrebatou o júri e levou quatro dos seis prêmios: melhor diretor, melhor ator, melhor atriz, melhor roteiro e melhor fotografia. Entre os curtas-metragens, Acalanto, filme de Arturo Sabóia foi o grande vencedor. Foram cinco Kikitos na bagagem: melhor filme, melhor diretor, melhor atiz, melhor trilha musical e melhor direção de arte.  Confira abaixo a lista completa dos vencedores do Festival de Gramado.
3) Lançamento internacional do filme Flores Raras (Reaching for the Moon/Bruno Barreto) não só fez sucesso imediato no Brasil especialmente pela presença marcante de Glória Pires, mas vem conquistando fãs por todo o mundo. Pela história e pelas atuações.

Não podemos esquecer das coisas ruins, tipo aquela música Piradinha, de um tal de Gabriel Valim. O que significa "ela tá doidona, fora da casinha"????? Deixa prá lá!

Esperando retornar em 2014 com mais fôlego, tempo e novidades culturais, especialmente de Campina Grande, desejamos boas festas!

Namorinho de Sofá