terça-feira, 2 de julho de 2019

Caminhos do Frio (2019) homenageia Jackson do Pandeiro

A Rota Cultural Caminhos do Frio, versão 2019, começa este ano pela cidade de Areia (PB), no Brejo Paraibano. Entre os dias 1º a 7 de julho, a cidade que desde 2006 tem seu conjunto histórico e urbanístico tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Cultural (IPHAN), receberá shows musicais, teatrais e literários por suas ruas de paralelepípedos. O frio está garantido pela meteorologia, que ainda garante sensações térmicas ainda mais baixas. As apresentações nas ruas também são um marco do festival, que no dia 8 estará na cidade de Pilões (de 8 a 14 de julho).

De 15 a 21 de julho as atrações podem ser conferidas em Matinhas, de 22 a 28 de julho seguem para Solânea, de 29 a 4 de agosto vão para Serraria, de 5 a 11 de agosto para Bananeira, de 12 a 18 de agosto estarão em Remígio e de 19 a 25 de agosto em Alagoa Nova. O encerramento será na cidade de Alagoa Grande, entre os dias 26 de agosto e 1º de setembro.

Dos nomes mais conhecidos já confirmados pela 'Rota Cultural' está o de Alcymar Monteiro (13/07), Três do Nordeste (20/07), Orquestra Filarmônica Jovem da UFPB (10/08), Baixinho do Pandeiro (12/08), Geraldo Azevedo (13/08 - A Confirmar) e Cabruêra e Os Fulanos (22/08). As apresentações teatrais, leituras de cordéis, danças e teatro na rua, festival gastronômico, trilhas de caminhadas ecológicas, são algumas das atrações que poderão ser vivenciadas no festival de inverno mais charmoso da Paraíba, que está em sua 14ª edição e irá homenagear Jackson do Pandeiro e seu centenário.

Matérias:



E que venha o frio!

Namorinho de Sofá

domingo, 14 de abril de 2019

'Coisa mais Linda': por qual ótica devemos enxergar?

Se você não assisitiu ainda ao seriado 'Coisa Mais Linda', da Netflix, corra. Assista independente de qualquer coisa que seja dita aqui. Lembre-se sempre que gosto cinematográfico (ou nesse caso, de séries), cada um tem o seu.

Resumo: são 7 capítulos ambientados no Rio de Janeiro, tendo, incialmente, Maria Luiza (uma "caipira" de São Paulo) como protagonista. A filha de um rico fazendeiro tem o sonho de viver de música na Cidade Maravilhosa. E, ao ir em busca de seu marido, se depara com uma realidade totalmente inesperada, além de condições para sobreviver diferentes das que tinha ou esperava. Isso tudo e todos os demais dramas são conduzidos por uma bela trilha sonora de muita MPB e Jazz. 

Mara Luiza encontra mais três mulheres - Adélia, Tereza e Lígia - que estão em momentos de vida distintos, mas que vão mudar sua vida, mas também trarão consigo uma série de conflitos: a discriminação com o negro, o machismo, a homossexualidade, a violência contra a mulher e o descaso com que as mesmas são tratadas pela sociedade. Inclusive por ourtas mulheres, satisfeitas com seu papel de mulher e mãe submissas. 

Esse é o viés do seriado. Ele é atualmente político. Eu digo "atualmente" porque essas coisas acontecem desde que o mundo é mundo e que Cabral redescobriu o Brasil, só que hoje estão mais em voga, na boca o povo, nas redes sociais, no noticiário. Então seus diretores (são vários) aproveitam para tocar na feriada com força e talvez, vejam bem, talvez, nem todo mundo goste de ver por esse prisma do "politicamente correto". Mas, é uma ferida que não deve ser estancada e sim, discutida.

A mulher é vista no seriado como objeto incapaz de ter seu próprio negócio e ser desquitada é coisa de puta. Mudou alguma coisa? Claro que a sociedade evoluiu, não estou dizendo ao contrário. Hoje ser mãe solteira não é mais um bicho de sete cabeças, mas a violência física e emocial que as mulheres sofrem em pleno século 21 tem retornado e de formas que não imaginávamos mais presenciar. Por isso dói tanto ver mulheres serem violentadas e agredidas no seriado. Porque ainda acontece e porque ainda nos machuca MUITO.

Sobre o ser negro, NOSSA (!), como somos preconceituosos. O seriado retrata uma época em que existiam (quando funcionavam) elevadores sociais e para empregados. E nada de querer usar o dos patrões. Os tempos mudaram. Ou não. Recentemente nas redes sociais viralizou um vídeo de um senhor negro que ajudou (ou serviu?) uma mulher branca atravessar um enxurrada de água no mesmo Rio de Janeiro, que trouxe à tona novamente tal discussão. O lugar do negro na sociedade brasileira.  

Sobre estar casada ou querer viver seus sonhos, o seriado mostra a mulher no mundo do trabalho marginalizada, vista como um pedaço de carne a ser consumido pelo mundo masculino. E se não aceitasse...



São essas e muitas outras questões que este primeiro ano da série retrata. O lugar da mulher brasileira no século XX. Para refletirmos. Enquanto série, não posso deixar de louvar a qualidade da mesma em todos os aspectos. Bela fotografia, uma cuidadosa direção de artes, cenários e de figurinos. Grandes atuações. Um roteiro que às vezes parece ridículo, mas que na verdade representa aquilo que muitas de nossas mães e avós viveram e sofreram, e que podem parecer ridículas, mas são na verdade, retrato de uma realidade passada quem vem retornando, em tempos difícies para todos. Mas, sempre, mais difícies para nós mulheres.

Fica a dica!
Carol Cavalcanti

segunda-feira, 8 de abril de 2019

Musical 'Queen Experience in Concert'. Vale (muito) o valor do ingresso.


Nesse final de semana (06/04) o Teatro da Facisa oportunizou aos cidadãos de Campina Grande (PB) uma experiência memorável, que reviveu os belos anos de existência do grupo inglês Queen (formação original, com o cantor Freddie Mercury). O musical Queen Experience In Concertprodução brasileira, mescla três estilos musicais, ao valer-se de parte de uma orquestra sinfônica, de integrantes de uma banda de rock e da mixagem de som (arranjos eletrônicos), para relembrar os grandes sucessos da banda. É de arrepiar!



A regência do espetáculo fica a cargo do maestro Eduardo Pereira, que já participou, dentre outros, dos espetáculos ‘Chaplin, o Musical’, ‘Bravo Pavarotti’, ‘A Bela e a Fera’ e ‘A Bela Adormecida’.  O espetáculo que dura mais ou menos uma hora e meia, tem como protagonista o cantor André Abreu, que utiliza-se perfeitamente da potencialidade e energia de seu corpo para interpretar os movimentos característicos do Freddie Mercury que conhecemos. Para quem conhecia a banda, foram momentos de pura nostalgia aplaudida de pé pela plateia que lotou a casa da Facisa.


São cerca de 30 pessoas participando da produção que tem agenda fechada para todo o mês de abril . Vale destacar, com muita ênfase, que o espetáculo não recebe nenhum tipo de incentivo fiscal, mas vive de casa lotada, inclusive fora do Brasil.

Namorinho de Sofá indica essa produção como uma das mais reveladoras e corajosas dos últimos tempos em palcos nacionais. Se passar por sua cidade, não deixe de conferir.

Para os interessados em contratar o espetáculo seguem as informações:

Facebook: https://www.facebook.com/queenexperienceinconcert/
Contato: (11) 99354-3131

Boa música, excelentes direção, caracterização e regência. Muita emoção para os fãs que tem pelos menos 40 anos. Sim, e para os mais novos que gostam de boa música.

Fica a dica!
Carol Cavalcanti
Fotos e vídeos de Marlem Moreira