Uma pessoa querida vive me dizendo que eu deveria ter um blog sobre cinema já que vejo muitos filmes - nem tantos quanto gostaria - e porque ela acha que meus breves comentários sobre os mesmos são interessantes. O "breve" se refere ao fato de ser mais objetiva em redes sociais sobre os filmes que assisto, não tentando convencer ninguém da qualidade desse ou daquele filme. Entendo que gosto cinematográfico não se discute. Eu posso odiar um filme e você adorar. Perfeito! Podemos conversar sobre as diferenças e também sobre os pontos em comum. Gosto não se discute!
Pegando o mote, certa insistência dessa amiga e aproveitando para abrir os trabalhos em 2017 vou falar não tão brevemente de alguns filmes que já assisti em 2017. Comecemos com Chocolate (Chocolat, França, 2016), drama que retrata a história de dois palhaços famosos no século 19 na França, mas que dá maior ênfase para o pouco que se sabe da biografia do primeiro palhaço negro da França, o tal Chocolate do título. Além de impecável direção de arte e cenários, figurinos impressionantes, um roteiro bem escrito e atores bem preparados, o filme traz à discussão o racismo, mas mais do que isso, a visão que se tinha do africano, construída e consolidada pelas Feiras Mundiais que representavam os clãs africanos como selvagens. Especial atenção à cena em que Chocolate é confrontado no encontro com seus "irmãos selvagens".
O próximo filme, As Confissões, uma produção ítalo-francesa de 2016 tem como seu maior trunfo - a meu ver - o elenco. Toni Servillo, Danil Auteuil, Pierfrancesco Favino, Connie Nielsen entre outros, são representantes do G-8 que se encontram para traçar os novos rumos do mundo em relação aos países de terceiro mundo. Porém, algo inesperado acontece e o suspense toma conta da produção que busca desvendar o mistério que envolve àquelas pessoas e ameça a paz mundial. O roteiro é muito bem escrito e as atuações marcantes.
Na sequência vamos tratar do musical americano La La Land (2016) que concorre a 14 Oscars. Vejam bem, do meu ponto de vista é só mais um filme. Já minha mãe adorou! Então, em quem acreditar? Em você, claro! Mas, para isso você precisa assistir ao filme e dizer se ele é lá essas coisas todas ou é apenas uma boa produção que tem como forte o figurino, os cenários e as canções. De resto, como seu colega Titanic (1997) que teve o mesmo número de indicações, não merece mais do que prêmios técnicos. Ah, é um filme sobre sonhos, praticamente sobre "the american dream of live".
Julieta, do espanhol Pedro Almodóvar já é outra conversa. Tudo está no seu devido lugar. Como havia dito em uma rede social e que aqui repito "Não tem quem escreva melhor roteiros e tire o melhor de seus atores do que Pedro Almodóvar". O filme é um drama familiar com tudo que você possa imaginar, mas menos histriônico que outros filmes do diretor. Para quem não conhece a obra de Almodóvar pode começar com esse filme. Vale esclarecer que não estou chamando P.A. de histriônico, mas alguns de seus roteiros chegam a esse patamar. Atenção à trilha sonora, sempre emocionante e parte do filme.
Bom, para começar ficamos com essas dicas de cinema. Em breve dividirei aqui com vocês novas experiências imagéticas, tentando sempre manter o nível alto nas escolhas dos filmes, não menosprezando nenhuma qualidade de filme - menos pornôs e de terror, que não ouvirão comentários da minha boca.
Saudações cinematográficas,
Namorinho de Sofá
Bom, para começar ficamos com essas dicas de cinema. Em breve dividirei aqui com vocês novas experiências imagéticas, tentando sempre manter o nível alto nas escolhas dos filmes, não menosprezando nenhuma qualidade de filme - menos pornôs e de terror, que não ouvirão comentários da minha boca.
Saudações cinematográficas,
Namorinho de Sofá